domingo, 26 de agosto de 2012

10 - Objetivos:


Na nossa idade (o grupo todo já na casa dos “enta”à eu sou o caçula, com 53 anos de idade, é comum perguntarem a nós que gostamos de viajar de moto o seguinte:
O que leva um homem da nossa idade a fazer uma “loucura” destas?
É verdade, parece mesmo uma loucura!
Vou tecer alguns comentários:
Deixar família em casa: esposa filhos e filhas, trabalho, responsabilidades, contas à pagar, compromissos e se enveredar numa viagem que cruza países e lugares tão diferentes, inóspitos e muitas vezes de difícil transposição, seja pelas mais variadas e extremas condições do  clima: calor ao extremo, frio ao extremo, chuvas torrenciais, vento comparado aos ventos patagônicos (sem noção, nada parecido com os ventos que estamos acostumados por aqui), etc..seja pelo meio de transporte que utilizamos, (a motocicleta) parece que não estamos mesmo no “juízo perfeito”. Para muitos é um veículo perigoso e sem conforto nenhum... Mas aí é outra história. Ficaria aqui defendendo teses para explicar o prazer de andar montado em uma motocicleta um dia inteiro sem esgotar os argumentos que nos levam a empreender tal loucura, mas não é difícil definir este “vício”, esta “cachaça”, este “hobbe” em poucas palavras:
“Não tento explicar às pessoas porque é que ando de moto, para os que compreendem, explicação não é necessário mas para os que não compreendem, explicação não há”.
Outro ponto importante que a maioria das pessoas que não andam de moto gostam de criticar é quanto aos riscos de acidentes. É verdade, parece mesmo perigoso, mas não o é e explico.
Todo ano, milhares de motociclistas cruzam fronteiras de países, seja nas Américas, no Velho Mundo, na Ásia ou no Japão, acompanho essas aventuras através de livros, documentários televisivos, sites, blogs, fóruns entre outros meios de comunicação. Não é comum ver e ouvir alguém relatar de um acidente que interrompeu a viagem/aventura. E olha que as aventuras de motocicletas por este mundo à fora não são pequenas, desde viagens que cruzam o Brasil do “Oiapoque ao Chui” a outras que cruzam as Américas do Uhuaia (Patagônia – extremo sul da América do Sul à cidade mais austral do mundo à cidade de Prudhoe Bay, a cidade mais próxima ao pólo norte que fica nas margens do Mar Glacial Ártico, no extremo norte do Alaska. Cruzar as Geladas e desérticas estradas da Mongólia no continente asiático entre outras várias aventuras pela Europa toda.
E o mais impressionante de tudo isso é que são aventuras realizadas por pessoas não tão jovens, mas por pessoas a maioria na casa dos “enta”.
Fosse tão arriscado e perigoso, não seriam tantas as aventuras empreendidas ano a ano.
Toda essa “ladainha”, como diria minha avó, para simplesmente dizer que o NOSSO OBJETIVO PRINCIPAL com esta aventura é mostrar a nós mesmos que mesmo anciãos, somos capazes de sentir a vida pulsar em nossas veias e aprender sobre as mais variadas formas culturais, etnicas, raça e povos desta nossa América do Sul.  Aprender também a conhecer-nos a nós mesmos. E essa é uma aprendizagem que você nunca vai querer esquecer.

Geraldinho.

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