quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

6º dia - Ariquemes-->Jci Paraná- RO




6º dia - 02/01/2013 - Ariquemes – RO à Jaci Paraná - RO

Km do dia................:     282
Km acumulados......:  2.971

Hospedagens:

Hotel Ariquemes
Av. Capitão Silvio, n.º 1141 - Apoio Rodoviário
Fone: (69) 3536-6153
Ariquemes - RO
Valor da diária com café da manhã ---> R$ 27,00


Abastecimentos:

Auto Posto Bodanese II
Rua Zacarias Vicente dos santos, 33
Candeias do Jamari - RO
Abstecimento: 10,371 lts x 2,969 = R$ 30,79
179 kms - Média: 17,25 km/l

Troca de óleo/compra de acessórios:

Cajú Motos 
Av. Jatuarana, 6.177 - Fone: (69) 3210-4550
Porto Velho - RO
Troca de óleo V-Strom --------> R$ 47,50
Polainas impermeáveis ---------> R$ 40,00

Contatos:

Márcio - Móveis (Motociclista Brazil Riders que nos deu apoio em Porto Velho-RO)
Rua Pedra Negra, 7116 - Bairro Lagoinha
Porto Velho - RO
e-mail: marcioantonio29@hotmail.com
Fones: (69) 9282-5950
Fones: (69) 4141-4729

Juninho do Triciclo 
Telefone: (69) 9951-2615






Ariquemes - RO à Jaci Paraná - RO


Antes do “diário do dia” quero dizer para os leitores do blog que algumas pérolas da viagem que ainda não postei por motivos de cansaço, sono, etc. postarei assim que puder, inclusive o relato do dia anterior está por terminar.

Muita história neste dia, algumas boas risadas e alguns momentos de certa tristeza.

Acordamos por volta das 5h30m em Ariquemes (horário local) - menos duas horas em relação ao nosso horário (horário de Brasília). Confesso que tive pena de acordar nosso amigo Altair (tairinho), pois o mesmo estava na noite anterior visivelmente abatido, daí não tive coragem de acordá-lo, o Guto fez isso por mim. Ontem rodamos 814 km e uma tocada desta é “pedreira” até para pessoas mais jovens, imagina para um senhor de 68 anos de idade!?!?!?!?

Admiro muito o astral do Altair, ele é “elétrico”, arruma a bagagem da moto dele, arruma a bagagem da moto do Leandro e ainda fica verificando a bagagem das outras motos pra ver se está tudo ok. Creio que não existem mais pessoas desta linhagem.

Conversar com o Leandro (filho do tairinho) sobre os perrengues da viagem é uma piada só. Ele imita todos e faz piada com tudo, junto dele, ninguém fica sério. O cara é gente boa pra caramba!

Antes do café da manhã o Guto havia me relatado que estava super preocupado com a suspensão de sua Harley Davidson sportster 1200. Eu para animá-lo e acreditando que o problema seria pontual e que provavelmente não comprometeria a viagem, disse a ele que ficasse tranqüilo, assim que chegássemos a Porto Velho procuraríamos um bom mecânico para dar uma olhada na suspensão e tranqüilizá-lo. Só que o problema era pior do que imaginávamos.

Bom, tomamos o café que por sinal era um cafezinho meia boca e pegas estrada rumo a Porto Velho, capital de Rondônia. Estradas de razoável para boa. Viagem tranqüila, bastante trânsito, tempo nublado e só uma garoazinha de vez em quando.

Chegando a Porto Velho cadastrei o endereço do Hotel Ecos Classic no GPS e rumamos pra lá para buscar o Leandro que havia tocado até a capital no dia anterior para matar a saudade de algumas pessoas de seu relacionamento quando morou em Porto Velho.

Daí fomos todos para o Banco do Brasil para o “tairinho” fazer um saque, enquanto o esperávamos no calçadão da avenida, passou um “cara” num triciclo buzinando e olhando para as motos imaginando que estivéssemos por ali, só que estávamos do outro lado da rua, gritei e ele nos viu e dirigiu até onde estávamos e já foi se apresentando, trata-se do JUNINHO, um cara gente boa pra caramba. Daí a pouco apareceu outro “cara” numa XT 660. Outro figuração, era o Márcio Pangaré que também se prontificou a nos ajudar.

Levaram-nos nos melhores mecânicos da cidade para ver o problema da Harley do Guto e para que nós pudéssemos trocar o óleo das motos. Enquanto trocávamos o óleo das motos, corrente e óleo da moto do Leandro, o JUNINHO levou o Guto em outro mecânico para ver o problema da harley. Neste meio prazo, já avançado da hora bateu uma baita fome, pegamos um taxi e fomos buscar o Guto na outra oficina para apreciar uma carne de peixe “DOURADA”, não sou apreciador de carnes de peixe, mas estava tão gostoso que resolvi comer e comi muito. 

O Guto sentado ao lado estava super preocupado com a moto lá na oficina. Um pouco antes ele havia me pedido para dar uma volta na moto pra ver se eu conseguisse identificar o problema. Andei na harley dele e confesso que batia muito, uma batida “seca” por baixo do motor, dava a impressão que era alguma coisa relacionada com a mesa das bengalas. Quando cheguei não tive coragem de falar pra ele a minha verdadeira impressão, senão ele ficaria mais “grilado” do que já estava.

Depois do almoço nos dirigimos novamente para as oficinas onde estavam as motos e detalhe, sob muita chuva, choveu muito mesmo. Daí a pouco o Mecânico da harley do Guto liga e diz na “lata”: “A moto do seu amigo não tem condições de fazer essa viagem, vou passar o telefone pra ele e ele lhe explica melhor”.

Fiquei muito triste com a notícia, o Guto ao telefone disse que poderíamos seguir viagem e que ele não iria mais atrasar nossa aventura, bastava os episódios de Uberlândia e a perda do “saco de roupas” na estrada com toda a grana da viagem dentro. Depois conto detalhadamente esses episódios.

Tentei argumentar, buscar uma solução, ele me disse: infelizmente, “little big man” (pequeno grande homem) – como ele me chama, não tem a mínima condição de seguir viagem com essa moto, vou voltar para Belo Horizonte, pego um avião aqui em Porto Velho e despacho através de transportadora a moto para Belo Horizonte. 

Lamentável, mas perdemos a companhia de um cara super gente boa que estava fazendo a alegria da turma, tanto era seu alto astral e entusiasmo com a viagem. Pra ter uma idéia, marcávamos as reuniões da expedição em Patos de Minas, ele saia de Belo Horizonte para participar das reuniões todas as vezes que o chamávamos. Mas acredito que tudo na vida tem um propósito, quem sabe foi o melhor para ele.

Saímos então de Porto Velho sem a companhia do Guto e fomos encontrar nossos outros dois companheiros Gilmar e Marcão que pacienciosamente nos esperavam num posto de gasolina a 30 km de Porto Velho, sentido Acre, demoramos tanto que seguiram viagem para Jaci Paraná para reservar hotel, pois obtiveram informação de que se não chegassem antes do pessoal que trabalha na construção das usinas, não teríamos vagas.

Sob muita chuva, conseguimos chegar a Jaci Paraná, pequena comunidade às margens da BR 364, encontramos os companheiros que já haviam reservado o hotel e nos esperavam para brindar o dia. Fomos a uma pizzaria, tomamos umas cervejas e fomos dormir.

Em tempo: observando as paisagens pude perceber, talvez impressão minha, mas o Estado de Rondônia ainda tem muita cobertura verde, apesar do bicho homem estar sempre castigando a natureza de maneira avassaladora.
Por hoje é só, assim que puder posto mais notícias sobre a trup pra vocês.

Pai e filho (Tairinho e Leandro)


Adesivo da expedição!...

Yo!

10 comentários:

  1. Little Big Man,como estão as coisas por aí ? Espero que vcs nesse momento, já estejam fora do Brasil, ou próximos disso. Depois de um final de tarde e noite sem dormir nada, de extrema decepção, viagem de volta super longa e desgastante, mesmo que de avião (atraso de 2 horas na partida), já me encontro de volta a BH, com o "rabo entre as pernas". Agradeço a DEUS, todos os momentos de alegria e sufoco que passei nessa viagem, pela lição de vida e de demonstração de companheirismo de varios amigos da nossa turma e, mesmo que prematuramente (será que foi mesmo ?) certo de que, na próxima oportunidade, alí estará um Guto muito mais vivido e capacitado para acompanhá-los de uma forma mais eficaz, em todos os sentidos. Resta-me aceitar calmamente o que me foi presenteado nesses dias que passamos juntos e considerar, no momento, esse período de viagem como uma vitória minha, de forma muito particular.
    DESEJO INTENSAMENTE, QUE ESSA VIAGEM SEJA COMPLETADA COM SUCESSO TOTAL E NA SUA INTEGRALIDADE. VOCES SAO OTIMOS COMPANHEIROS !! Continuo acompanhando vcs, dia a dia !!
    Abraco apertado pra toda a galera.
    Guto

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    1. Guto, meu Big, bib man. Você foi grande em todos os sentidos. Sempre alegre, sempre boa praça, sempre junto, sempre apoiando e entendendo meu anseio em manter a harmonia do grupo, você foi grande também em insistir ao máximo para que a aventura permanecesse em harmonia. Não se sinta diminuído ou decepcionado por não ter conseguido estar conosco até o momento, não dependeu absolutamente nada de você, sabes disso, foram os imprevistos que o tiraram de cena, assim como pode fazer com qualquer um de nós, espero que não, mas estamos todos sujeitos.
      Como disse, você é lembrado a todo momento, a expressão "LITTLE BIG MAN" caiu no gosto da turma, todos dizem "little big man" para referir-se a qualquer coisa.Guto, queira nosso bom DEUS que oportunidades de voltarmos a fazer grandes aventuras virão, somos "aventureiros" por natureza e como você disse, da próxima estaremos todos nós mais experientes, mais vividos e mais capacitados para uma aventura.
      Com toda certeza, essa experiência, mesmo que interrompida para você, foi uma grande vitória sua, isso ninguém pode negar, seu esforço foi grande. da Minha parte (Geraldinho) obrigado pelos elogio e sabemos também que você foi um ÓTIMO COMPANHEIRO e não deixe de continuar acompanhando.
      Grande abraço DO LITTLE BIG MAN pra você, BIB,BIG MAN.

      Geraldinho

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  2. GEraldinho e companheiros, voltei dia 01 de itumbiara. Passeio muito bom. E hoje tive noticias do Guto que já está em casa. Muito bacana seu diário, estou lendo e acompanhando dia a dia a expedição. Boa sorte para vocês, sigam com Deus e continuem nos informando. Um grande abraço pra turma toda aí. Léo (genro do Guto)

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    1. Pois é Léo, lamentavelmente o Guto teve que abortar a aventura. Todos nós ficamos tristes, mas fugia ao alcance de qualquer um de nós, infelizmente.

      Vou continuar postando o diário, qualquer coisa é só dar um toque que a gente coloca lá no blog.

      Um abração.
      Geraldinho

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  3. Realmente uma pena, os problemas com a moto do Guto, mas existe um ditado que diz: "Deus escreve certo por linhas tortas", pode parecer piegas, no entanto, nada é por acaso e pelo que percebi lá no primeiro post, no primeiro dia, a primeira coisa que fizeram antes de botar o pé na estrada, foi ir até ele e pedir sua proteção e, tenham certeza, é o que ele está fazendo. Guto, serenidade e paciência, Geraldinho e sua trupe, uma boa viagem.

    Abraços e tudo de bom!!!

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    1. Maurício Nicolau, obrigado pelo apoio, como você disse nada é por acaso, certamente DEUS tem um propósito para cada um de nós, verdade que cabe a cada um fazermos nossa parte. Estamos sempre pedindo a proteção de DEUS, pois sabemos que sem ELE nada somos.

      Grande abraço Maurício Nicolau, fique com Deus.

      Geraldinho

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  4. Geraldinho, dê um recado para o Leandro parar com essa bobagem de andar na frente. Companheiro é companheiro, filho da puta é filho da puta. Gilvan (seu padrinho).

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  5. Olá Gilvan, blz?
    Deixa comigo... vou puxar a orelha dele e dizer que foi você quem mandou.

    Um abraço.
    Geraldinho

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  6. Pois é, Maurício. A coisa, quando não é prá acontecer, é melhor que acabe bem para todos. Na volta de avião para BH, só de excesso de bagagem, que estava na moto,tive de pagar R$ 200,00 de multa. Somando os 42 kg de bagagem aos meus 130kg de puro músculo e buracos das estradas de Rondônia, não dava mesmo prá moto aguentar ..... é demais mesmo .
    DEUS fez a coisa certa e me permitiu uma saída voltar incólume dessa aventura . Uma grande graça que eu obtive.
    Grande abraço para vc e para toda a turma da viagem .

    PS: Leandro, meu amigão, o Gilvan está certo : Companheiro é companheiro, FDP é FDP. Muito juízo nessa cabeça de ovo !!

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  7. E aí migos. Lamento muito mesmo o Guto, que ainda não conheço, ter voltado. Mas, na verdade é necessário entendermos os desígnios de Deus. Nada é por acaso. Fique tranquilo Guto, em espirito vc estará presente. Aqui por Patos nada de novo ou interessante. Tudo de bom meus migos e, que Deus os acompanhe.

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